
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência , a vossa !
Ai, palavras, ai , palavras,
sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e , em tão rápida existência,
tudo se forma e se transforma !
(Cecília Meireles)
Sei falar-me, minha língua
sabe o que existe em mim.
Com ela dia a dia
a vida golpearei,
cravarei no meu peito
sua ponta de cristal .
(Nicolás Guillén)
"Esta é uma declaração de amor; amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e reagir às vezes com um pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerta. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa do superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la__ como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope."
(Clarice Lispector)
Estas são algumas das muitas leituras e estudos interessantes que encontrei no livro didático, escrito por William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães "Português/ Linguagens"- 1ª série- Editora Atual- São Paulo - 2005. Tenho utilizado muitos textos deste livro com meus alunos e aprendido muito com ele. Recomendo esta leitura . É realmente imperdível e tem muita relação com a filosofia do GESTAR .
Também recomendo a coleção de livros didáticos destes autores é muito enriquecedora...MElizabeth
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